NOTAS PARA A RECORDAÇÃO DO MEU MESTRE CAEIRO - COMENTÁRIO
Ainda que de uma maneira
de certo modo difícil de entender, estas notas mostram bem as diferenças entre
Alberto Caeiro e Álvaro de Campos. Não há descrição, por mais simples que seja
que não termine numa citação filosófica. Assim, o mais simples e direto
conceito de Caeiro logo é aproveitado para um complicado raciocínio cheio de
filosofia tão característico de Álvaro de Campos.
A religião é mais um tema
em apreciação, em que o paganismo e o materialismo clássico são discutidos e
onde, mais uma vez o pensamento filosófico entra na argumentação. Tudo é
exposto em termos pouco acessíveis utilizando exemplos aparentemente simples,
todavia que a mente de Álvaro de Campos tudo complica.
Finalmente, através
destas notas á primeira vista tão simples, apercebemo-nos do poeta da
objetividade, do imediatismo das emoções, que interpreta o mundo a partir dos
sentidos, da visão especialmente, e da simplicidade, que foi Alberto Caeiro. O
mesmo que nega a utilidade do pensamento e se mostra um adepto do paganismo.
Igualmente Álvaro de Campos se nos apresenta como um futurista, um defensor do
sensacionismo e até um certo intimismo, como deixa transparecer nas saudades do
mestre.
Hegel, que defende que à
natureza inorgânica do espirito, artisticamente expressa na arquitetura, se
opõe o princípio inspirador da obra de arte e, afirma que no espirito há um ser
subjetivo e uma existência objetiva. Na sua opinião a escultura também não
consegue ser a expressão imaterial do espirito, pois necessita de um involucro
corporal. É, porem, a representação mais natural do homem, enquanto que a
poesia e a pintura são representações naturais, onde a pintura precisa de uma
superfície e a linguagem, alem de poder descrever a parte corporal do homem, só
ela é capaz de exprimir, com exatidão rigorosa, os sentimentos, isto e a
interioridade.
Trabalho realizado por:
Carolina Rodrigues, nº 5 Turma G Ano 12º
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